Um dia diferente. O sol nasceu no mesmo lugar, nada saiu dos trilhos. A vida seguia como sempre. O cotidiano continuava cotidiano. Porém, algo novo aconteceu. Era o capitalismo que engatinhava, o futuro que mostrava-se promissor.
Na sala um silêncio. Até o bebê parou de chorar. Na televisão quadrada imagens em preto-e-branco. Um homem vestido com coloração branca-prata que lembrava o “Prince” e com um aquário na cabeça tornava-se famoso. Ele era o primeiro a dar um passo na lua.
Anos depois o Brasil faz o mesmo trajeto. A equipe em terra tenta entrar em contato com os astronautas:
-Alguém tem o número do celular deles?
-Não, senhor. E mesmo se tivéssemos as operadoras não dão sinal aqui. Imagine no espaço.
O chamado vem do outro lado da sala:
-Comandante! Estou recebendo uma chamada da nave da expedição.
-Receba e coloque nos auto-falantes.
O jovem digitou uns códigos no computador e logo todos ouviam em bom timbre uma música bem popular. Após a melodia uma voz feminina dizia: “Chamada a cobrar. Para aceitá-la continue na linha após a identificação”:
-Expedição de número zero-zero-zero-um, estão na escuta?
Silêncio apreensivo. Já estavam a um bom tempo sem comunicação. Temiam o pior:
-Aqui é o Marquinhos. Líder da expedição de exploração da lua número zero-zero-zero-um. Tivemos alguns problemas no pouso e por isso ficamos sem comunicação. Mas já iniciamos os reparos.
A equipe de controle comemora os progressos:
-Marquinhos, aqui é o comandante. Pode me ouvir?
-Sim senhor. Auto e claro.
-Tenho algumas perguntas de ângulo científico. Antes de começar quero saber se está pisando agora na lua.
-Positivo, senhor. Estou com meus pés no solo luístico.
-Ok. Responda-me então a primeira pergunta. A lua é de queijo ou só parece?
-Parece mais com areia, senhor.
-Tem gosto de queijo?
-Não sei, senhor.
-Experimente então.
-Não posso, senhor. Estou de capacete.
-Ok. Traga então uma amostra para pesquisas. Segunda pergunta: Ao seu redor tem alguma dieta?
-Não, senhor.
-Droga.-Por que, senhor?
-É que a dieta da minha mulher foi para o espaço e eu pensei que a gravidade da lua tinha puxado.
-Bem, senhor. A gravidade daqui é bem menor que a da terra.
-Isso quer dizer que na lua se um repórter quisesse acertar um sapato no Bush ele iria esquivar de novo?
-Hãmm... Acho que sim senhor.
-E se um gordinho fosse a lua ele daria um mortal ou uma cambalhota com facilidade?
-Provavelmente, senhor.
-Então é impossível dançar a “velocidade cinco do créu” no espaço?
-Heim? Acho que não entendi a pergunta.
O jovem interrompe a conversa construtiva:
-Comandante. O sistema de vídeo já foi reparado. Estou recebendo imagens em tempo real do espaço.
-Ponha no telão.
No monitor todos viam Marquinhos colocando a bandeira brasileira no solo estrangeiro. Momento histórico. Após isso levantou a camisa externa. Na roupa interna uma mensagem: “Mãe, te amo”:
-Atenção, Marquinhos. O objetivo foi alcançado. Estou dando autorização para a expedição de exploração a lua número zero-zero-zero-um de retorno.
-Ok, senhor. Vamos apenas terminar os reparos.
-Há mais alguma coisa que eu possa fazer por vocês?
-Tem sim, senhor. Será que pode fazer umas ligações pra mim?
-Claro que sim. Diga.
-Bem. Primeiro preciso que ligue para a Nasa e peça um guincho que a coisa aqui está preta. Depois você liga pra minha mãe e diz que eu vou chegar tarde hoje e se ela sair deixar a chave na casa da Maria. E, por último, ligar para o tele-pizza e pedir na conta do Antônio que está com a gente na expedição. Só isso mesmo. Obrigado, viu?
Na sala um silêncio. Até o bebê parou de chorar. Na televisão quadrada imagens em preto-e-branco. Um homem vestido com coloração branca-prata que lembrava o “Prince” e com um aquário na cabeça tornava-se famoso. Ele era o primeiro a dar um passo na lua.
Anos depois o Brasil faz o mesmo trajeto. A equipe em terra tenta entrar em contato com os astronautas:
-Alguém tem o número do celular deles?
-Não, senhor. E mesmo se tivéssemos as operadoras não dão sinal aqui. Imagine no espaço.
O chamado vem do outro lado da sala:
-Comandante! Estou recebendo uma chamada da nave da expedição.
-Receba e coloque nos auto-falantes.
O jovem digitou uns códigos no computador e logo todos ouviam em bom timbre uma música bem popular. Após a melodia uma voz feminina dizia: “Chamada a cobrar. Para aceitá-la continue na linha após a identificação”:
-Expedição de número zero-zero-zero-um, estão na escuta?
Silêncio apreensivo. Já estavam a um bom tempo sem comunicação. Temiam o pior:
-Aqui é o Marquinhos. Líder da expedição de exploração da lua número zero-zero-zero-um. Tivemos alguns problemas no pouso e por isso ficamos sem comunicação. Mas já iniciamos os reparos.
A equipe de controle comemora os progressos:
-Marquinhos, aqui é o comandante. Pode me ouvir?
-Sim senhor. Auto e claro.
-Tenho algumas perguntas de ângulo científico. Antes de começar quero saber se está pisando agora na lua.
-Positivo, senhor. Estou com meus pés no solo luístico.
-Ok. Responda-me então a primeira pergunta. A lua é de queijo ou só parece?
-Parece mais com areia, senhor.
-Tem gosto de queijo?
-Não sei, senhor.
-Experimente então.
-Não posso, senhor. Estou de capacete.
-Ok. Traga então uma amostra para pesquisas. Segunda pergunta: Ao seu redor tem alguma dieta?
-Não, senhor.
-Droga.-Por que, senhor?
-É que a dieta da minha mulher foi para o espaço e eu pensei que a gravidade da lua tinha puxado.
-Bem, senhor. A gravidade daqui é bem menor que a da terra.
-Isso quer dizer que na lua se um repórter quisesse acertar um sapato no Bush ele iria esquivar de novo?
-Hãmm... Acho que sim senhor.
-E se um gordinho fosse a lua ele daria um mortal ou uma cambalhota com facilidade?
-Provavelmente, senhor.
-Então é impossível dançar a “velocidade cinco do créu” no espaço?
-Heim? Acho que não entendi a pergunta.
O jovem interrompe a conversa construtiva:
-Comandante. O sistema de vídeo já foi reparado. Estou recebendo imagens em tempo real do espaço.
-Ponha no telão.
No monitor todos viam Marquinhos colocando a bandeira brasileira no solo estrangeiro. Momento histórico. Após isso levantou a camisa externa. Na roupa interna uma mensagem: “Mãe, te amo”:
-Atenção, Marquinhos. O objetivo foi alcançado. Estou dando autorização para a expedição de exploração a lua número zero-zero-zero-um de retorno.
-Ok, senhor. Vamos apenas terminar os reparos.
-Há mais alguma coisa que eu possa fazer por vocês?
-Tem sim, senhor. Será que pode fazer umas ligações pra mim?
-Claro que sim. Diga.
-Bem. Primeiro preciso que ligue para a Nasa e peça um guincho que a coisa aqui está preta. Depois você liga pra minha mãe e diz que eu vou chegar tarde hoje e se ela sair deixar a chave na casa da Maria. E, por último, ligar para o tele-pizza e pedir na conta do Antônio que está com a gente na expedição. Só isso mesmo. Obrigado, viu?
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