sexta-feira, 6 de julho de 2012

Matando aquela tal de Esperança...

Dizem que a Esperança é a última que morre e esses dias vi ela correndo por aí. Ao perceber que o beco não tinha saída ela apenas suplicou pela vida enquanto era executada à queima roupa. Como um clímax de filme, o silêncio tomou aquela noite espectral. A Esperança dava seu último suspiro. Não havia ninguém para chorar sua morte. Ninguém para negar ou oferecer socorro. Quem a matou? O escuro do beco camuflou a identidade do assassino, mas suspeitos não faltavam... Pobre Esperança, tinha tantos inimigos...

O Amor um dia disse que seria eterno, quem sabe não quis ter certeza de que viveria mais do que qualquer outro sentimento. Talvez fosse um serial killer... Juntando as peças, o primeiro a ser assassinado foi o Sonho. Depois mataram a Alegria. Poderia ter acontecido com qualquer outro, mas a vítima da vez foi a tal Esperança.

Mas o que ninguém esperava era vê-la levantar. Todos viram quando sua respiração falha parou. Ninguém duvidara do inerte corpo estendido. Não havia uma explicação lógica para aquilo. Lá estava ela, de pé como se nada a tivesse atingido. Nessa hora as armas caíram, o silêncio atormentou os ouvidos sensíveis e o espanto se tornou visível. Quantas vidas a Esperança teria? Nenhum sentimento viveria o bastante para responder...

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