quarta-feira, 1 de abril de 2009

Baratologia insetística moderna...

Hoje saí da rotina e acordei cedo. A televisão estava ligada e uma reportagem sobre baratas se desenrolava. Uma baratóloga dizia informações insanas o bastante para ganhar um espaço significativo nos meus textos. Ao explicar como se livrar dessa praga ela citou coisas que esses seres nojentos gostam. Bagunça era a primeira delas.

Comecei a ouvir com mais atenção. Aqui em casa de vez em quando aparece umas baratas mutantes. Parece com aliens. Você pega uma arma e atira, ela continua rastejando sem parte do corpo com um líquido corporal que realmente lembra filme de ficção científica.

A baratóloga me prendeu por uns segundos na frente da tv. Baratas gostam de restos de doce e de cerveja, assim ela dizia... Peraê! Cerveja? Caracas. A ficha caiu. Esse inseto tem vida noturna, por que não? Era tão óbvio. O cotidiano daqueles seres rejeitados do universo se tornava encantador. Imaginem só, após o dia passar e ela permanecer escondida um desejo gandaístico nasce em suas veias. E como seu sangue não é de barata (Ou é) não resistiu. A noite é uma criança e crianças não tem medo de insetos. E ela saiu sem rumo por aí. Achou uma latinha e encheu a cara. Quando acordou estava em um lugar estranho com um pernilongo deitado ao seu lado perguntando: "Foi bom pra você?".

Ela correu desorientada. Amnésia. Nada do que acontecera aquela noite lhe retornava a mente. Bebeu demais para lembrar. Depois desse dia começou a freqüentar as baratas alcoólicas anônimas. Hoje ela é outra barata, se bem que elas são tão iguais...

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