quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A pauta e o Sex Shop...

Não sei se a ideia nasceu de um filme da Ingrid Guimarães ou com fins jornalísticos. O que sei é que eu estava lá na porta acompanhando uma amiga de faculdade com uma pauta maluca: Ela entrou na frente e eu observei antes se alguém estava me vendo entrando naquela loja. Lá estava eu em uma Sex Shop e pra piorar com uma garota comprometida. Se eu entrei? Claro que entrei. Até gostei da recepção. Uma morena de sorriso marcante perguntou em que poderia me ajudar (milhares de respostas passaram pela minha cabeça). Quem tomou a palavra foi a minha amiga:

-Olá. Estamos escrevendo uma matéria sobre a expansão do comércio do sexo e gostaríamos de tirar algumas dúvidas.

Enquanto ela tirava as dúvidas eu caminhava pela loja calado, como um policial investigando a cena do crime. Engraçado como todos aqueles signos alimentavam a mente pervertida. Talvez fosse a iluminação, talvez fosse a atendente com ar de santinha, talvez fossem todos os detalhes:

-Há dois anos as pessoas se sentiam tímidas, hoje a coisa é bem natural - Contava a atendente olhando firme nos olhos - A maioria dos clientes que recebemos são mulheres.

Olhei para o sofá e para as revistas em uma espécie de área de espera. Não tive coragem de folhear a revista (sei lá o que fizeram com ela antes). Puts, pensei em sacanagem de novo. Em uma Sex Shop não tem como não pensar em sacanagem. A atendente ainda estava com a palavra:

-Às vezes aparecem novidade, mas em geral os produtos são os mesmos.

As cortinas exoticas (e eróticas) impediam a visualização do fim da loja, mas parecia que estava vazia. A atendente demorou a aparecer quando chegamos... Será que ela estava ocupada? Ai, droga. parece que na Sex Shop você pensa com a cabeça de cima, mas só pensa em sacanagem. A minha amiga começou a se despedir e eu peguei um cartão da empresa. Ela me olhou com cara de espanto:

-O que foi? É pra se faltarem informações entrarmos em contato.

Acho que ela não acreditou nos meus instintos jornalísticos. Estendi a mão e me despedi da atendente:

-Obrigado pela atenção. Foi um prazer.

-O prazer foi todo meu.

O prazer foi todo dela? Puts, milhares de respostas vieram a minha cabeça quando ela fez a tal afirmação, mas vou deixar isso de lado para manter a ética das minhas publicações:

-Até breve. Quer dizer, hãm, até... Adeus.

Tirei umas fotos da frente da loja e saímos. Missão cumprida. Só me arrependo de não ter pedido para atendente escrever o nome dela no cartão com o telefone pessoal, caso ficasse alguma dúvida. Com fins jornalísticos, é claro. Sempre com fins jornalísticos.

2 comentários:

Unknown disse...

É né Sr. Arisson dando uma de safadinho, mas e ai gostou?kkkkk

Caca disse...

Volta lá, amigão! hahahahaha! As Sex Shop parecem aquelas lojas de festa à fantasia. A gente nunca sai de lá a mesma pessoa. hahahaha! Abração. az e bem.