terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A carta-desabafo...


A carta virou uma cartada. Após ler a carta do vice-presidente Michel Temer ao gabinete de Dilma Rousseff, senti um espírito de desabafo. Quem nunca foi desprezado pela presidente, que atire a primeira pedra. Desde então, tenho me expressado por meio de correspondências para expor minhas insatisfações.  Tratam-se de mensagens pessoais, que eu devia ter escrito há muito tempo.

O primeiro alvo foi o Congresso Nacional:

Ilustríssimos Senhores políticos!
Nesses últimos anos, tenho me sentido um "eleitor-decorativo", mero acessório, secundário e subsidiário do sistema de corrupção brasileiro.
Lamento, mas essa é minha convicção.

Após o aquecimento, veio a vez de enviar uma mensagem para um ilustre visitante natalino:

Ilmo Sr. Papai Noel!
Depois que assumi o cargo de adulto, tenho me sentido um "presenteado-decorativo", mero acessório, secundário e subsidiário do comércio e da publicidade.
Lamento, mas essa é minha convicção.

Enviei também uma carta-desabafo para uma das principais emissoras de televisão do país:

Prezados Senhores!
Tenho me sentido um "telespectador-decorativo", mero acessório, secundário e subsidiário quando ligo a televisão no domingo, já que não tenho assinatura de canal a cabo. Jamais fui chamado para discutir se quero o Especial do Roberto Carlos ou assistir o filme Esqueceram de Mim na Sessão da Tarde. 
Lamento, mas essa é minha convicção.

Ainda não recebi resposta das cartas que enviei, mas me senti mais leve após o desabafo. Afinal, Verba volant, scripta manent (As palavras voam, os escritos se mantêm)...

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