segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

De escritor para escritor: Escolha da editora


E atenção para as dicas de um "grande" escritor de um metro e noventa!

Muita gente me pergunta: "Como faço para publicar o meu livro?". Minha resposta é sempre a mesma: "Dando a cara a tapa".

Ao contrário do que alguns autores estreantes pensam, publicar um livro é bem simples. Complexo mesmo é encontrar uma editora que possibilite um alcance positivo. No geral, quanto mais fácil é, menor é a valorização da obra

Ok! Vamos à prática então. Existem centenas de editoras que podem te dar uma oportunidade de realizar o seu sonho, porém, cada uma delas pesa para um lado diferente da balança. Você pode ter um gasto mínimo, mas terá também uma distribuição mínima. Ou então você pode investir financeiramente em uma editora maior e ter um retorno mais positivo neste ângulo. 

Qual das duas opções é melhor? Para responder esta pergunta, vamos para alguns "se":

( X ) Se você não tem grana, mas está afim de lutar pelo seu espaço, sugiro começar de baixo. Existem diversas editoras que trabalham com preços muito acessíveis. O triste delas é que você vai precisar batalhar bastante para vê-lo em uma livraria, já que a maioria tem uma distribuição quase artesanal. Além disso, exige do autor um espírito de vendedor bem mais apurado. Pesquise antes sobre o que dizem os escritores da editora ou gráfica e escolha a que parecer melhor no gênero escolhido. Você pode também investir em uma distribuidora, que será uma ponte entre você e as livrarias. O importante é saber que tudo tem o seu preço (e o das distribuidoras normalmente vai na casa dos 65% do preço de capa do livro). 

( X ) Se você tem grana e quer um resultado mais imediato, a opção é arriscar em editoras que fornecem selos para novos talentos. Você vai ter uma ótima distribuição, divulgação e até assessoria. Neste caso, é preciso ter uma visão empreendedora, pois o retorno financeiro pode ser demorado. Normalmente, elas solicitam aquisição de muitos exemplares e será preciso vendê-los. Não pense que será mais prático, pois a luta é a mesma de um autor de uma editora pequena. A diferença está na acessibilidade da obra, que estará disponível em muitos locais, e na qualidade, já que o leitor tem uma visão diferente ao pegar o seu livro. 

( X ) Se você acredita muito na qualidade da obra e quer algo grande, é necessário paciência. Primeiramente, é bom ter uma avaliação externa do livro que você produziu. Existem várias formas de ter este feedback. Você pode enviar para amigos ou para alguém imparcial (que represente o seu público alvo). Enfim, envie para aquele colega que você sabe que vai ler só para falar mal, por exemplo. Isto vai te dar confiança para arriscar em concursos literários ou em editoras que publiquem pelo potencial que a obra tem. Esta opção pode demorar um tempo prolongado para alcançar o sucesso. Como principal exemplo, temos a Editora Rocco, que aceita originais apenas em um período do ano  e demora meses para avaliar (não se preocupe, darei dicas sobre originais na próxima postagem). Enfim, é preciso ter paciência e estar preparado para ouvir alguns "nãos".

( X ) Se você acredita que pode mobilizar muita gente, arrisque! Existem muitas plataformas que possibilitam arrecadação, como o Bookstart ou outra que trabalhe com crowdfunding. Você escreve o seu projeto no site e arrecada o valor necessário para a publicação. Além disso, tem o próprio Fundo de Apoio à Cultura (FAC) financia diversos projetos literários (até mesmo que não foram escritos ainda). É cansativo, mas vale muito a pena.

( X ) Se você quer apostar em novas plataformas, é necessário batalhar. É simples publicar em sites como o Amazon, mas não é simples atingir novos leitores. Considerando-se e que o Brasil já tem mais de 100 milhões usuários conectados na internet, o desafio se torna divertido.

Enfim, escolha a opção que mais te representa e mãos na massa! Na próxima publicação, darei dicas sobre envio de originais. Até lá!

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