Assumi a profissão de escritor há 6 anos e, graças a Deus, tenho colhido os frutos desta decisão. Agora, uma coisa eu tenho que assumir: ainda me sinto eufórico ao me ver na televisão. Parece que sempre é mágico e acho que nunca vou achar isso comum.
O engraçado é que o ar de surpresa ao assistir não é só meu. Pode ser em um canal com uma quantidade reduzida de telespectadores ou apenas por alguns segundinhos numa grande emissora, mas sempre surge alguém para comentar:
- Vi você na TV Globo!
- Sério? Bacana!
- Pois é! Foi no DFTV, segunda edição. Era num evento... de literatura...
Ilógico a pessoa lembrar que me viu na TV, mas não recordar o nome de um dos maiores eventos literários do DF:
- Na Feira do Livro de Brasília?
- Exato! Vi você lá! Falou muito bem! Parabéns!
Foram segundos na telinha da TV Globo e já faz mais de um mês, mas parece que todo mundo ligou a televisão bem na hora e viu.
Lembro que ainda estava no evento quando o celular começou a dançar no meu bolso. Era uma postagem em um grupo de trabalho que dizia algo assim: "Liguei a TV e dei de cara com este cabeção preenchendo a tela". Junto a mensagem, recebi a foto com zoom na minha cara. Fui humilhado, mas estava no lucro.
Só deu para ver a matéria só horas depois. Sim, caro leitor! Assumo que, ao ver aquele cara grandão pelo notebook, fiquei orgulhoso. Deu uma vontade de gritar: "Mãe! Tô na TV".
Pensando bem, se minha memória não falha, eu gritei isso mesmo... Enfim, por favor, não me julguem.
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