quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Guerra eternamente eterna...

Em pleno século XXI, nos meados da globalização, admito sofrer um novo tipo de preconceito que promete ser a moda do mundo atual: O feminismo.

Antigamente a cultura era ultrapassada. O homem fingia que mandava na casa e as mulheres fingiam que não tinham espaço... Mas agora as coisas estão ao averso. E a guerra dos dois sexos que vem desde Adão e Eva parece nos desviar dos direitos iguais. Os direitos iguais são só mais um soneto nos poemas das inimizades insanas. Acho que todos merecem seu espaço e o direito de falar, mas o machismo e o feminismo só são uma maneira eufemista de dizer que não há tréguas entre distintos formatos físicos:

-Moisés? Estaís certo do caminho até nosso destino?

-Claro... O que achaste? Não confias na providência divina?

-É que já se passaram quase quarenta dias de nossa partida em busca da terra prometida. Parece que estamos andando em circulos... Não preferes perguntar à alguém. Em nossa caravana existem várias mulheres que migraram pelo deserto e conhecem essas terras tão ilusórias...

-Não Josué. Sei exatamente para onde dirijo o povo escolhido. Continuemos ao leste do sudoeste em direção ao norte...

A ignorância hoje é ainda maior. O homem e a mulher viraram objeto. O romantismo mudou de nome, agora é fraqueza ceder para o adversário:

-Eva? O que você tá comendo? Eu não acredito que você comeu o fruto proibido.

-Se quizer um pedaço eu dou.

-O quê? Eu não sou idiota. Nunca vou jogar tudo pra cima por causa de um fruto.

-Eu sabia.

-O quê?

-Que você iria brochar.

-Eu só estou sendo sensato.

-Marica.

-Não sou não.

-Então prova.

-Eu não.

-Eu sabia.

-Me dá isso aqui. Pega mais umas dez no pé que eu vou te mostrar quem é o marica.

As mulheres sempre tiveram seu espaço, mesmo que sendo por trás de um homem. O que o mundo nos diz é que somos diferentes. Elas são frágeis e eles são os antisentimentais. Elas assistem novela e eles futebol. Nascemos ouvindo isso e vamos passar pra frente essa cultura troglodita. Eles carrinhos e elas bonecas. Eles são tarados, os que viram a cara pra ver num ângulo diferente as nádegas alheias e elas... Ah, essa é fácil. Elas são o equilíbrio natural da globalizacão moderna. A carga oposta que mantem a guerra acesa.

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