sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Linguagem primata juvenil...

Sempre esbanjei informações sem desconforto algum. Admiro documentários e assisto sempre que posso “Discovery Channel” e “National Geographic”. Mas falta algo neles. Uma inovação. Uma revolução não-tradicional. Algo laborioso. Algo insano o bastante para me entreter mais que o Big Brother Brasil.

Foi por causa dessa visão inovadora que saí com uma câmera de vídeo por aí e vi minha inspiração histórica: as fases da adolescência.

Fiquei impressionado com a evolução troglodita dos nossos jovens. Comecei a filmar duas garotas conversando. Incrível. Parece que elas se compreendiam. Desde o encontro das duas notei uma linguagem diferente, ora semelhante a uma galinha sendo atacada, ora com traços idênticos a uma banda de metal. Pesquisei sobre essa espécie na biblioteca, seu nome científico era “Pirigueters”. Não achei o significado no dicionário mas decifrei com facilidade. Piriguete é uma palavra vinda do inglês “peer easy get” que traduzido pode ser chamada de “colega que se obtém fácil”. Ou se dividirmos morfologicamente a palavra teremos “piri”, do português pirar, e “eter”, que é a matéria que preenche o espaço. É aquela garota que aparece, nada discreta.

Coloquei também no meu documentário a fase do acasalamento. O macho observa a fêmea. Os dois conversam. Consegui desvendar sua linguagem primitiva. Assim como os soldados dizem “câmbio”, os jovens dizem “tipo”:

-E aê, mina. Você, tipo, quer, tipo, dançar, tipo comigo? Tá afim?

Observei também a dança do acasalamento dos adolescentes... Chama-se “funk”. Essa parte eu não filmei, vai que o meu documentário passa na televisão... Tinha que censurar...

Notei da mesma forma grosseira e incivil a comunicação de dois rapazes. Impressionante, mas incompreensível:

-Eutavalácom amina.

-Só...

-Elatava móafim...

-Só...

-Aíeufui...

-Só...

-Puts grila, cara! Tutáme deixano nervoso. Tuduquieu falotú responde “Só... Só...”. Eunum gostodisso! Curtiu, mermão?

-Só...

Finalizo minha pesquisa com um relatório geral, uma frase marcante que certamente vai cutucar a ferida: “Você não encontra um adolescente responsável, se encontrar pode chamá-lo de jovem-adulto”.

Há tantos assuntos interessantes para abordar... Meu próximo documentário vai ser sobre a animada vida do bicho-preguiça. Até breve.

2 comentários:

Anônimo disse...

...!
vc e sem comentário!!!!!

Anônimo disse...

putz!!! seu blogger e louco , me pos como anonimo. Eu sou mulher , tinha que ter me posto como anonimaaAA.
"peer easy get" foi boa hahahah


Dani Salazzar