domingo, 19 de setembro de 2010

Tiozão...

Não faz muito tempo não tá, mas com certeza não foi ontem. Se for levar ao pé da letra eu com 21 anos sou meio-quarentão. As crianças me chamam de "tio" e eu já olho, pago vexa às vezes. Frases como "na minha época" e "bons tempos aqueles" são transmitidas com naturalidade. Os sintomas ficam frequentes e percebe-se cada vez mais quem está ficando velho.

O número de idosos de pouca idade só aumenta. Somos cada vez mais visíveis a olho nú. Jovens consumidos pelo trabalho, pelos estudos, pela família precoce ou até mesmo pela ausência disso tudo. Meu avô, por exemplo, tem mais juventude que eu. Ele corre 5 km brincando e eu só consigo se for fugindo de algo. A falta de qualidade de vida nos faz esquecer coisas cruciais, como alimentação ou dormir para resistir a isso tudo. Viramos velhos.

Lembro-me de quando tinha 10 anos. Eu ouvia É o Tchan sem observar na imoralidade que existia nas letras. Queria ser grande, mas não imaginava chegar a um metro e noventa. Queria um cão que falasse português estilo o Scoob Doo, mas o máximo que a minha cadelinha fala é latino. Eu conheci a Mônica e o Cebolinha quando ainda eram moleques. O tempo passa rápido, agora são adolescentes e o Cascão até toma banho. É, bons tempos aqueles.


*** Primeiro texto para divulgação do meu 2º livro "No vermelho", previsto para o início de 2011...

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