terça-feira, 26 de julho de 2016

Sobre aquela feira...


Quando entrei a primeira vez na Feira do Livro de Brasília, há alguns anos, tinha na mão um produto recém nascido. Era um livro laranja com uma montagem do "Pensador" sentado no vaso, publicado quase de forma independente. Eu era um moleque ousado e fui recebido de braços abertos, expondo a obra no stand do evento. Para um autor desconhecido, me senti honrado ao ser chamado de "escritor".

Um ou dois anos depois, voltei à feira. Agora, era um escritor jovem e com um novo livro publicado por uma editora de alcance nacional. Recebi o convite para participar de uma mesa com um jornalista e escritor que eu admirava muito: Marcelo Canellas. Para minha surpresa, segundos antes de subir no palco, fui apresentado como mediador do bate-papo. Era um assunto que eu conhecia bem e consegui explorar bem os convidados durante a conversa. Foi uma experiência inesquecível, que guardo com carinho na memória.

Foi então que a feira foi sufocada e extinta. Por dois anos, não havia histórias para se contar. 

Porém, este ano, a feira voltou em sua trigésima segunda edição. Obviamente, ela não passaria despercebida e  fez parte novamente da minha história. Primeiro, ela me fortaleceu, pois ainda estava encarando o luto. Depois, me ofereceu novas lembranças incríveis. Dividi o palco com pessoas que eu admirava, como a Lorena, da Careca TV, e Maurício Gomyde. Encarei novos desafios e me diverti participando do Humor na Feira, misturando literatura e teatro. Além disso, tive a oportunidade de dar entrevistas (incluindo a primeira para a TV Globo). Para variar, ela também se tornou inesquecível.

No fim, começo a imaginar. O que me reserva a trigésima terceira edição da feira? O que sei é que, até lá, guardarei cada momento dessa divertida história na memória. Coisas que só sabe quem experimenta. Eu, a feira e milhares de lembranças.

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